segunda-feira, 31 de maio de 2010

NOMES E HISTÓRIAS...




Minha aprendizagem mais significativa desta semana como educadora foi aprender que devemos estar com os ouvidos atentos aos sinais e falas que os alunos evidenciam. Falo isso, baseado nas minhas últimas experiências em sala de aula: como trabalho com educação infantil e a maioria das crianças não frequentou escolinhas anteriormente, portanto não tinha conhecimento nenhum de escrita, sempre eu colocava o nome deles nas folhas de trabalho a fim de indentificar. Comecei a perceber que alguns começaram a transcrever algumas letras do seu nome e outros riscavam o nome que eu tinha escrito e numa tentativa própria faziam algumas bolinhas que significavam as letras que compunham seu nome. Baseado nessas observações e nas atitudes que os alunos vinham demonstrando em relação ao nome, resolvi a título de experiência iniciar um trabalho com o nome deles. Confeccionei crachás e numa determinada aula mostrei a eles e perguntei o que eles achavam que estava escrito. Logo surgiram posicionamentos sobre as possibilidades de serem seus nomes. Então entreguei os crachás e solicitei que observassem as letras. Em seguida, pedi que quem gostaria poderia ir ao quadro negro e identificar a letra inicial do seu nome (eu havia escrito as letras no quadro). Para minha surpresa apenas três alunos tiveram um pouco de dificuldade e foram auxiliados pelos colegas. A partir daí as atividades foram acontecendo naturalmente. A identificação das letras, as brincadeiras construtivas, a transcrição dos nomes, a escrita inicial tudo isso me fez lembrar das inúmeras vezes em que discutíamos nas nossas aulas, nos fóruns e leituras de textos a importância de se levar em conta o desejo do aluno, aquilo que ele está demonstrando que quer aprender. Este é o momento real da aprendizagem e de se introduzir os assuntos e não quando nós professores achamos conveniente. É isso...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

VISITAS DA BEBÊ CAROL




O caderno de Registros da Bebê Carol é algo realmente que está sendo muito significativo tanto para as crianças quanto para mim professora.




O momento da aula em que lemos o que aconteceu com a bebê Carol durante sua permanência na casa de determinado aluno é muito rico, pois consigo captar as reações das crianças frente aos comentários que surgem. As crianças vivenciam com a boneca questões referentes a responsabilidade como fazer de conta que dão comidinha, dar banho, colocá-la para dormir, etc.




Com esta atividade aprendi que as coisas mais simples dentro de uma sala de aula, se verdadeiras e bem planejadas, podem se transformar em momentos únicos e especiais e ainda possibilitar novas aprendizagens, pois através da boneca desenvolvemos temas como hábitos de higiene, cuidados com o corpo, etc. E sei que é possível tornar significativa várias experiências se o profissional tiver dedicação e boa vontade.

domingo, 16 de maio de 2010

APRENDIZAGENS...


Sabe, confesso que às vezes é difícil realizar uma postagem no blog... Sempre antes de postar leio as orientações que foram enviadas através de email para que melhorar cada vez mais e errar menos, mas como a professora mesmo disse " é com os erros que se aprende".

Bem, acredito e quero compartilhar aqui que o ponto mais positivo de todo o meu estágio são as leituras que venho realizando sobre diversos assuntos. Pedi livros emprestados, comprei alguns e vou lendo ao mesmo tempo em que vou planejando e realizando todas as outras atividades pertinentes ao estágio. Sinto-me bastante feliz de poder planejar embasada em coisas que aprendi e que acredito e é por isso que nesta postagem vou falar de algo que me incomodava, mas que usei na minha prática pedagógica: desde o início do curso criamos o blog e fomos orientadas a realizar postagens. Confesso que muitas vezes realizei sob pressão, mas o hábito de fazer postagens no blog me trouxe uma aprendizagem muito rica para o estágio que vou relatar agora.
Na minha sala de aula tenho uma boneca chamada pelos alunos de bebê Carol (foram os alunos que escolheram o nome). Bem, esta boneca vai diariamente para casa com um aluno através de sorteio realizado em sala de aula. Quando propus essa atividade para os alunos pensei na
forma que poderia registrar essa passagem, essa visita nos lares das crianças e então lembrei dos registros que nós alunas do Pead realizamos semanalmente no blog. Logo associei a idéia e pensei: "Por que não criar um caderno de registros, uma espécie de blog, porém escrito em caderno"? Foi aí que surgiu o CADERNO DE REGISTROS DA BEBÊ CAROL. Todos os dias ele vai para casa juntamente com um aluno que foi sorteado e leva a boneca e noutro dia está de volta com o registro. E sabe do que mais? Este caderno sempre voltou, nunca foi esquecido em casa, nenhum dos dias. Está sendo muito significativo compartilhar com os alunos diariamente a leitura, o registro, ou seja, a postagem daquilo que vivenciaram com a bebê Carol em suas casas... Uma experiência maravilhosa! Bem, aqui estou eu hoje defendendo o blog e sua importância para nossa aprendizagem: o registro daquilo que foi aprendido e vivenciado, e isso é único, afinal cada um tem suas experiências e vivências e nós, enquanto educadores não podemos deixar de aprender a registrar tudo o que é importante.

Esta é a minha postagem de hoje: um relato simples e sincero daquilo que já senti pelo blog e de como o encaro atualmente.




quarta-feira, 12 de maio de 2010

MOMENTO SIGNIFICATIVO


Nas últimas semanas do estágio venho vivenciando como educadora momentos muito significativos dentro do projeto que desenvolvo, intitulado EU NO MUNDO.

Um destes momentos foi quando convidei a mãe de um aluno para nos ensinar como fazer a higiene em um bebê. A atividade denominada banho de bacia iniciou com o estudo de quando as crianças eram bebês. Fomos conversando e aprendendo várias coisas, entre elas a questão dos hábitos de higiene. Temos também uma boneca que simboliza um bebê, chamado bebê Carol. Esse nome foi escolhido pelos alunos através de votação. Esta boneca vai diariamente para casa de um aluno juntamente com o Caderno de Registros onde alguém da família registra alguns momentos do que aconteceu com a boneca na visita a casa da família. Aproveitamos então para darmos um banho de bacia na bebê Carol e convidamos a mãe de um aluno. Foi uma atividade muito significativa porque apesar de simples os alunos se entusiasmaram muito e ficaram muito interessados. A mãe que deu o banho foi muito atenciosa e explicou passo a passo como se dá um banho num bebê, quais os procedimentos necessários após o banho e outros cuidados essenciais para a saúde dos bebês. Com esta atividade aprendi que nós enquanto professoras temos que trazer a comunidade familiar também para dentro da sala de aula, pois a aprendizagem fica muito rica. Os alunos gostam, os pais se aproximam da escola e a percebem como uma instituição de parceria e não como algo que concorre contra a eles, pois muitas vezes é isso que vemos: pais e escola se desentendendo muito mais do que trabalhando juntos.

Abaixo uma imagem deste momento:

APROFUNDANDO A POSTAGEM DE 05/04

Na postagem de 05/04 abordei alguns aspectos da legislação da educação infantil e conforme sugestão da tutora estou aqui aprofundando minha reflexão a respeito deste assunto. Na verdade, a partir do que foi solicitado, tentei me aproximar mais da situação da educação infantil da escola onde atuo. Fui atrás da direção da escola e conversando a respeito dos aspectos legais descobri que o Conselho Municipal de Educação esteve visitando e averiguando as instalações utilizadas pela única turma de Educação Infantil da escola. É importante salientar que a educação infantil está em funcionamento desde 2009 na minha escola, sendo a minha turma de estágio, a segunda.
A Comissão de Educação Infantil esteve presente na escola no dia 10/03/2010 e ressaltou alguns aspectos que a legislação exige (e que eu não tinha conhecimento)e que portanto deveriam ser tomadas as seguintes providências:
* as tomadas de luz devem estar protegidas quando não estiverem sendo utilizadas;
* no sanitário infantil existe um armário que em cima possui alguns jogos e brinquedos, porém conforme consta neste relatório, o qual eu tive acesso e que me permitiu aprender mais alguns aspectos da legislação ; consta a seguinte observação: cfme art. 22, inciso V da Resolução CME/CEI nº 003/2008, os jogos devem estar no espaço de uso comum, sala de atividades e ao alcance das crianças.
* em relação aos sanitários responde ao que a legislação exige, portanto atende às necessidades das crianças.
* A pracinha e seus brinquedos são adequados ao público infantil, porém a comissão sugere uma caixa de areia.
* Em relação ao refeitório, o mesmo é amplo, porém foi pontuado que o mobiliário do refeitório não é próprio a faixa etária;
* Outra questão pertinente foi o acesso as pessoas portadoras de necessidades especiais. A escola e nem propriamente a sala de aula atende as orientações da lei.
Para mim foi muito importante ter acesso a este documento, uma vez que pude compreender melhor o papel do Conselho Municipal de Educação e suas competências, inclusive com a questão da aplicabilidade da legislação pertinente a Educação Infantil.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

CONTINUANDO O ESTÁGIO

Nesta terceira semana de estágio, que compreende o período de 26 a 30/04, foram vários os momentos em que eu Sandra, estagiária do Pead deparei-me com situações novas e inesperadas e que na maioria delas precisei tomar uma atitude imediatamente. Nestes momentos nem sempre a teoria aprendida serviu como base para as decisões tomadas, mas sim o bom senso e a necessidade de se colocar no lugar do aluno contou muito. Foi assim quando um aluno não conseguiu chegar a tempo no banheiro (estávamos na pracinha) e então fui chamada para atendê-lo e literalmente socorrê-lo. Bem, neste momento precisei contar com o apoio de outras funcionárias da escola para que ficassem com meus alunos, afinal eles não podem ficar sozinhos na pracinha e eu então tomasse as devidas providências. Naquele momento, pensei:
* Tento achar uma roupa para ele?
* Faço contato telefônico com a família?
Bem, na verdade fiz as duas coisas e nehuma surtiu o efeito desejado, pois a roupa que a escola dispunha não servia e o telefone de contato da família ninguém atendia. Foi então que fiquei sabendo através da professora regente que este aluno é cuidado por uma senhora que "cuida de crianças" (as denominadas mães crecheiras - que são aquelas mulheres que as famílias confiam seus filhos quando não há vagas em escolas de educação infantil ou creche). Imediatamente ela veio buscar o menino, afinal era uma situação de emergência. Este fato me mostrou a diferença que há no trato das questões que envolvem acontecimentos como este numa escola de educação infantil onde a criança permanece o dia todo e além da professora há a auxiliar e uma estrutura melhor organizada e turmas de educação infantil que estão inseridas dentro de uma escola regular (ens. fundamental), mas que muitas vezes não está totalmente aparelhada e equipada para atender crianças menores. Vejo isto em outros momentos também como no refeitório onde as crianças não alcançam os pratos de comida e as mesas e cadeiras são muito grandes para eles. Mas como fato positivo sei que a escola está se adaptando uma vez que o Conselho Municipal de Educação já apontou falhas e melhorias a serem atendidas segundo a legislação vigente. É claro que nem tudo irá melhorar de repente, mas acredito que situações assim são o começo para reflexões e mudanças necessárias.