sábado, 17 de outubro de 2009

SEU NOME É JONAS

Uma das atividades propostas pela interdisciplina de Libras foi assistir um filme que narrava sobre a situação da deficiência auditiva. Para mim especialmente, foi um filme muito significativo pois me prendeu do início ao final. Nunca trabalhei com crianças surdas, mas sempre quero estar preparada caso seja necessário. Esta interdisciplina está sendo muito útil neste sentido. Gostaria de deixar registrado no meu portfólio as minhas percepções sobre o filme para que as mesmas não se percam no meio de tantas coisas que temos para fazer diariamente. Assim, cada vez que navegar neste ambiente vou lembrar do que PRODUZI e APRENDI com o filme.

O filme “E seu nome é Jonas” narra a história de um menino que fica internado indevidamente durante três anos, em função de um diagnóstico médico incorreto, num hospital destinado a crianças retardadas.
Jonas é um menino que tem deficiência auditiva e durante todo tempo em que esteve internado no hospital psiquiátrico não aprendeu a linguagem de sinais nem mesmo a se comunicar através de gestos ou leitura labial. Ele era considerado apenas uma tabula rasa, um ser sem sentimento e o pior que não pensava. Convivia com crianças portadoras das mais diversas síndromes e o filme aponta que neste hospital apesar das crianças crescerem não havia uma preocupação com a questão da aprendizagem nem com a questão pedagógica.

As dificuldades aumentaram quando Jonas retornou ao convívio familiar, tudo era novo e estranho para ele e também para seus pais. A nova vida de Jonas, que tinha tudo para ser interessante, tornou-se um fardo, pois seus pais não sabiam como se comunicar com ele, consequentemente não com preendiam o que ele queria. Pequenas atitudes do dia a dia como um simples almoço em família tornavam-se situações difíceis, com brigas e discussões, uma vez que pai e mãe discordavam sobre como proceder com o filho.

Em relação a escolarização de Jonas também houveram dificuldades, pois a mãe inicialmente era muito insegura e não sabia no que acreditar, sendo assim, acabou levando seu filho em aulas onde o menino tinha que aprender a se comunicar verbalmente a qualquer custo, mesmo diante de sacrifícios emocionais e físicos. Não se respeitava em nenhum momento a evolução natural de Jonas, nem mesmo as reações que ele poderia expressar. Também na comunidade local Jonas era discriminado por sua deficiência auditiva. As pessoas achavam que ele não deveria estar na rua, nem freqüentar lugares públicos, inclusive repreendendo seus pais por isso. Jonas foi também rejeitado de certa forma por seu próprio pai que não sabia mais como lidar com ele e nem suportava as cobranças que a sociedade impunha.

Refletindo acerca das inúmeras questões que o filme aborda, penso que nos dias de hoje a história do filme seria diferente em alguns aspectos como na questão do erro no diagnóstico médico, na permanência no hospital psiquiátrico, etc. Porém questões relativas a aprendizagem ainda precisam ser repensadas, necessitam de muita discussão e abertura por parte dos educadores em geral. Deve haver uma maior flexibilidade no amparo de crianças portadoras deste tipo de deficiência e o início deste trabalho consiste primeiro em derrubar preconceitos e depois sensibilizar educadores para uma tarefa tão especial.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

FORMANDO LEITORES

Estou participando atualmente de um curso de formação voltado para professores da rede municipal que se chama "Alafabetização e Letramento". Este processo de formação iniciou em setembro de 2009 e se estenderá até julho de 2010. Tratará basicamente de questões referentes a aquisição da lingua escrita, da leitura, da alfabetização e do letramento nas três séries iniciais no ensino fundamental de nove anos.Minha postagem de hoje está pautada fala da aula inaugural que tivemos com a professora Elaine Maritza que tratou sobre a FORMAÇÃO DE LEITORES nas nossas escolas. Entre outras questões, ela abordou os seguintes aspectos:
* Nós formamos leitores porque nenhuma outra forma de ler o mundo é tão eficaz e rica quanto a literatura.* A escola tem que ter consciência do seu real papel de formar leitores.

* Na Educação Infantil: a leitura literária é realizada diariamente, geralmente através de rodinha de leitura, contação de histórias com fantoches, avental, e outros recursos. O momento da leitura é marcado pela brincadeira e a diversão; é momento lúdico. A professora não precisa “justificar” o trabalho com a leitura literária. A leitura é realizada em almofadas ou tapetes, de forma descontraída.

* Nas séries iniciais, os momentos dedicados à leitura literária começam a ficar mais espaçados: agora o professor precisa “justificar” o tempo dedicado à leitura literária. A leitura literária deixa de ser momento lúdico e os livros passam a servir para “ensinar conteúdos” do programa de estudos. A literatura perde sua função.

* Criar condições de leitura não significa apenas levar os alunos à biblioteca uma vez por semana ou fazer uma indicação de livro por trimestre.* É importante criar uma atmosfera agradável, um ambiente que convide à leitura na própria sala de aula ou mesmo fora dela.

* Enfim, a leitura com o objetivo de formar leitores não pode ser um trabalho esporádico. Deve ser um trabalho de todos os educadores.