A Interdisciplina de Artes Visuais trouxe como maior e principal fator de aprendizagem uma nova visão de como se trabalhar a ARTE dentro do cotidiano escolar. Explorar a arte através das infinitas possibilidades que ela permite é deixar fluir livremente do interior do nosso aluno aquilo que ele tem de mais criativo e puro. E como nos disse a professora Daniela na visita que fizemos a Bienal, um aluno para ser criativo também necessita de suporte, de embasamente, pois trabalhar a arte simplesmente como livre expressão sem qualquer tema, sem nenhuma observação, isto é, sem nenhum critério, faz com que tenhamos alunos que não gostem nem de desenhar, nem pintar, como tão comumente eles nos falam e como nós tantas fizemos em sala de aula, não é mesmo?
Como se ARTE fosse somente isso?! Porém, tenho que afirmar que esta interdisciplina para mim é a mais desafiadora deste eixo, uma vez que sou uma "vítima" de um contexto onde a arte era valorizada apenas para aqueles que sabiam se expressar através de belos desenhos na escola. Como eu não tinha este dom, e hoje aprendi que isto não é um dom, e sim uma habilidade como qualquer outra, me sentia excluída e é claro sem vontade de participar das aulas que eram sempre iguais.
Como foi significativo aprender através das temáticas que o ensino da arte passou e ainda passa por um processo de mudança no nosso país e como foi bom aprender que posso sim trabalhar a ARTE com meus alunos de várias maneiras, com vários enfoques e expressões e que não sou um ser que não possui o dom artístico, apenas ele ficou adormecido por longos anos e que agora posso aplicar de forma diferenciada com meus alunos. Obrigada pela oportunidade.