segunda-feira, 31 de maio de 2010

NOMES E HISTÓRIAS...




Minha aprendizagem mais significativa desta semana como educadora foi aprender que devemos estar com os ouvidos atentos aos sinais e falas que os alunos evidenciam. Falo isso, baseado nas minhas últimas experiências em sala de aula: como trabalho com educação infantil e a maioria das crianças não frequentou escolinhas anteriormente, portanto não tinha conhecimento nenhum de escrita, sempre eu colocava o nome deles nas folhas de trabalho a fim de indentificar. Comecei a perceber que alguns começaram a transcrever algumas letras do seu nome e outros riscavam o nome que eu tinha escrito e numa tentativa própria faziam algumas bolinhas que significavam as letras que compunham seu nome. Baseado nessas observações e nas atitudes que os alunos vinham demonstrando em relação ao nome, resolvi a título de experiência iniciar um trabalho com o nome deles. Confeccionei crachás e numa determinada aula mostrei a eles e perguntei o que eles achavam que estava escrito. Logo surgiram posicionamentos sobre as possibilidades de serem seus nomes. Então entreguei os crachás e solicitei que observassem as letras. Em seguida, pedi que quem gostaria poderia ir ao quadro negro e identificar a letra inicial do seu nome (eu havia escrito as letras no quadro). Para minha surpresa apenas três alunos tiveram um pouco de dificuldade e foram auxiliados pelos colegas. A partir daí as atividades foram acontecendo naturalmente. A identificação das letras, as brincadeiras construtivas, a transcrição dos nomes, a escrita inicial tudo isso me fez lembrar das inúmeras vezes em que discutíamos nas nossas aulas, nos fóruns e leituras de textos a importância de se levar em conta o desejo do aluno, aquilo que ele está demonstrando que quer aprender. Este é o momento real da aprendizagem e de se introduzir os assuntos e não quando nós professores achamos conveniente. É isso...

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